domingo, 17 de janeiro de 2010

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não-fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo à porta. O amor não é chegado a fazer contas, não obedece a razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo. Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Então que ele tem um jeito de sorrir que a deixa imobilizada, o beijo dele é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ele e ele adora implicar com você. Isso tem nome, AMOR. Ele diz que vai e não liga (esquece), ele veste o primeiro trapo que encontra no armário, e fica lindo. Ele não tem a maior vocação para príncipe encantado, é um brincalhão meio ignorante, e ainda assim você não consegue despachá-lo nunca, pois o AMA. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita de boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?
Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados. Não funciona assim. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos tem às pencas, bons motoristas e bons pais de família, ta assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito do amor da sua vida!

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