quinta-feira, 29 de abril de 2010

...Por aí, pelos bares. Caçando algo ou caçando alguém, que de fato não se sabe. Sinceramente, nem o porquê da busca se sabe, exatamente; mas continua buscando. Talvez, seja devido a terrível monotonia dos dias e relacionamentos ou pelo tédio de ver os comerciais de sábado a noite sozinho com espaço entre o cobertor. Ou talvez , por que aprendeu o que é viver, o que é amar, e quer dividir isso com alguém que mereça. Ser sozinho, então, é estar largado, porém o gosto nem é tão amargo assim, desde que não se sinta a glória nisso. Já que aprendeu, prepara-se, pois irá longe, a mundos que jamais conheceria se continuasse pensando que ser o melhor é empilhar beijos. Alguns amam o sentimento de estarem "livres". Poder ter e olhar para quem quiser e para onde quiser. É bom olhar para quem quiser, mas é ruim não ter quem olhe por você. Outros vêem se relacionar como se prender, como perder a vida. Agora diga, aproveitar a vida é abraçar corpos cujo nem se sabe a origem? É sorrir sozinho? Ou quem sabe sentir o envelhecer dos ossos, deitado em uma cama de solteiro? Se for isso, confesso que prefiro perder a vida. Hoje em dia, qualidade é quantidade. Quanto maior o número de conquistas, melhor alimentado está o ego. Para ser o maioral, é necessário ter o máximo de medalhas sobre o peito... Em épocas em que eu pensava que somente uma era preciso, desde que essa esquentasse o coração. Então, viver querendo mais, aumentando os números, juntando tantos nomes ou referências, que nem conseguimos lembrar no dia seguinte - ou uma hora depois; é assim que giram os ponteiros.
Nos preocupamos tanto com os números, que esquecemos que o "1", neste caso, pode valer mais que o “1000”. O tempo se evapora. Nós o perdemos cegos na Teoria que diz: "quanto maior a quantidade, mais homem (ou mulher) você é!"; e nem percebemos que homens de verdade não são aqueles que conquistam cem ou mil, mas sim aqueles que completam uma somente; que forte é aquele que ganha à batalha e conquista um "eu te amo" sincero. Ser homem não é possuir mil medalhas sobre o fardo, mas sim uma, que brilhe intensamente todos os dias.
Que possamos aprender e buscar a nossa estação, repleta de filmes e cobertores ao inverno, de praia e sol ao verão, de flores e sorrisos a primavera, de conversas e aprendizados ao outono e de amor e carinho a eternidade.
Eu gosto do impossível, tenho medo do provável, dou risada do ridículo e choro porque tenho vontade, nem sempre tenho motivo, confesso. Tenho um sorriso confiante que as vezes não demonstra a tamanha insegurança que se esconde por atrás dele. Sou inconstante e talvez imprevisível, não gosto de rotina. Amo de verdade aqueles pra quem eu digo isso, e me irrito de forma inexplicável quando não acreditam nas minhas palavras, nem sempre coloco em prática aquilo que eu julgo certo, são poucas as pessoas pra quem eu me explico ...

E quando o sol invade os olhos, é só pra te lembrar que o bom da vida não tem preço ...